quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vida e Obra de Um dos Maiores Pensadores de Todos os Tempos


Platão

Filósofo grego (427 a.C. -347 a.C.?), um dos pensadores mais importantes de todos os tempos. O platonismo concentra-se na distinção do mundo entre o que é visível, sensível (o mundo das coisas e dos seres), e o que é invisível, inteligível, ou seja, o mundo das idéias.
Nasce em Atenas, em família aristocrática, e inicia-se na filosofia graças ao encontro com Sócrates, de quem imediatamente se torna discípulo, por volta de 408 a.C. Após a morte de Sócrates, em 399 a.C., deixa Atenas e viaja por vários anos, até fixar-se no Egito. De volta a Atenas, funda em 387 a primeira escola de filosofia de que se tem notícia, a Academia, em que trata de recuperar a filosofia de Sócrates.
Parte para a Itália 20 anos mais tarde, estabelecendo-se em Siracusa, na Sicília, para ensinar filosofia ao rei Dionísio. Retorna a Atenas e continua a administrar sua Academia, na qual incentiva o estudo e a pesquisa em áreas como ciência, matemática e retórica, além da filosofia.
Seus livros mais conhecidos são Apologia de Sócrates, em que retoma as teorias do mestre; O Banquete, em que expõe de forma poética a dialética do amor; e A República, que sintetiza toda a sua filosofia sobre a organização da cidade, a política, a dialética e a questão da imortalidade da alma. Morre em Atenas. 

Platão: um nome? Um apelido? Um mito!

Platão, filósofo e matemático, não era um membro comum da elite, seus parentes foram figuras centrais da vida política ateniense. Viveu em uma época especial, dos desdobramentos mais complexos e mais sofridos da democracia ateniense e, por isso mesmo, o tempo do embate entre duas grandes maneiras de se pensar a cultura, a educação, e é claro, a vida política. Como resultado, sua obra lançou os alicerces da filosofia natural, da ciência e da filosofia ocidental, e é de grande importância e amplamente estudada até hoje.
"Não deveríamos homenagear mais os homens que a verdade."
"Podemos facilmente perdoar uma criança por ter medo do escuro; a tragédia é quando um adulto tem medo da luz."



Frases de Platão

"O belo é o esplendor da verdade".

"O que mais vale não é viver, mas viver bem".

"Vencer a si próprio é a maior de todas as vitórias".

"O amor é uma perigosa doença mental".

"Praticar injustiças é pior que sofrê-las".

"A harmonia se consegue através da virtude".

"Teme a velhice, pois ela nunca vem só".

"A educação deve possibilitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter".

Trecho do Texto, A Alegoria da Caverna de Platão

A Alegoria da Caverna de Platão

Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior. A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros – no exterior, portanto – há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

Idéias de Platão para a educação

Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser a mesma educação aplicada aos homens.



Obras:

A obra de Platão se caracteriza claramente como uma preocupação com a Ciência (“o conhecimento verdadeiro e legitimo”), além daMoral e da Política. Platão conclui que o Conhecimento (o saber) se identifica com o bem.

Diferentemente de Aristóteles cuja principal parte de suas obras mantidas para a posteridade foram as obras esotéricas (ou seja, os escritos para dentro do Liceu, isto é, para os estudos dos seus discípulos); de maneira diversa as obras de Platão mantidas foram exatamente as publicadas para o público em geral, ou seja, as obras exotéricas, as obras para fora da Academia.

A obra de Platão foi escrita na forma de diálogos, com exceção da Apologia de Sócrates. Um dos sinais do prestígio do filósofo é o fato de seus textos terem sido conservados quase na totalidade. Entretanto, foram-lhe atribuídos diversos escritos que hoje são considerados espúrios. Conquanto não exista unanimidade total entre os especialistas, o emprego de critérios estilísticos e conceituais, em particular os referentes à evolução do pensamento platônico, permitiu estabelecer, em linhas gerais, uma ordenação de seu trabalho na seguinte “ordem cronológica”, observe que alguns diálogos aparecem em fases distintas, isso demonstra a dúvida quanto a esta classificação:

(1) Diálogos socráticos ou de juventude

Nestes diálogos  a figura e a doutrina de Sócrates ocupam lugar de destaque, lembrando que Sócrates é morto em 399 a.C., quando Platão tinha 30 anos de idade. Assim estes diálogos socráticos parecem refletir o pensamento do mestre de Platão ou seja do próprio Sócrates, mas há controvérsias nessa avaliação. Estes diálogos socráticos terminam em aporia ou seja terminam sem conclusão, sem solução ao “problema” levantado e Sócrates apesar de questionar seus interlocutores sobre por exemplo, o que é a moral, a coragem ou a piedade,   ele (Sócrates) mostra ao seu interlocutor que ele (o interlocutor) pensava que sabia a resposta mas que na verdade não sabe, entretanto Sócrates deixa claro que também ele não a sabe, dessa maneira Sócrates faz com que seus interlocutores fiquem espantados ao perceberem que não sabem o que pensavam saber.

Estes são diálogos socráticos:  Apologia de Sócrates; Protágoras; Trasímaco; Críton,ou sobre o dever; Íon ou sobre a Ilíada; Laques, ou sobre a coragem; Lísis, ou sobre a amizade; Cármides, ou sobre a moderação; Eutífron, ou sobre a piedade e os doisHípias o menor, ou sobre a falsidade e o Hípias maior ou sobre a beleza, embora a autenticidade do Hípias maior seja discutida por alguns autores.

(2) Diálogos da fase intermediária

É nessa fase que ocorre a primeira viagem à Sicília (hoje sul da Itália) entre 389-388 a.C, e a Academia é fundada logo depois em 387 a.C

Temos como diálogos dessa fase: Protágoras, ou sobre os sofistas; Górgias, ou sobre a retórica; Menexeno, ou Oração fúnebre; Eutidemo. O Banquete (symposium), ou sobre o bem; Fédon, ou sobre o amor; Ménon, ou sobre a virtude; A república (politeia) ou sobre a justiça; Fedro, ou sobre a alma.

(3) Diálogos construtivos ou da maturidade: Górgias, Ménon, Eutidemo, Crátilo, Menéxeno (nem sempre aceito), O banquete, A república, Fédon e Fedro. Nos quatro últimos, a teoria das idéias aparece exposta em sua forma mais característica.

(4) Diálogos tardios, ou da Velhice grupo que, iniciado com Teeteto, inclui os escritos elaborados durante a velhice de Platão e nos quais ele faz a “revisão crítica da teoria das idéias”: Parmênides, Sofista, Filebo, Político, Timeu, Crítias e as leis.

(5) Diálogos da fase final

Timeu, ou sobre a natureza; Crítias, ou sobre a Atlântida; As leis (Nomoi); Epinomis.
Além dos textos, há uma série de cartas, das quais duas são tidas como autênticas.



Doutrina

A filosofia de Platão recebeu inúmeras interpretações não só devido a sua complexidade, mas por apresentar diversas etapas, em especial no que se refere à evolução das soluções que deu à teoria das idéias, poetizada e obscurecida pelo uso da linguagem simbólica. No entanto, suas doutrinas centram-se num propósito principal: opor-se ao relativismo dos sofistas, o que implica a suposição de haver conhecimento independente de fatores circunstanciais.

Assim, o objetivo platônico era o conhecimento das verdades essenciais que determinam a realidade, a ciência do universal e do necessário, para poder estabelecer os princípios éticos que devem nortear a realidade social, em busca da concórdia numa sociedade em crise. Nesse sentido, sua obra pode ser considerada como um conjunto coerente, articulado pelo tema condutor da teoria das idéias.

É bom lembrar que Platão nunca declarou esse nome “Teoria das ideias”, mas é como essa “doutrina do conhecimento” passou a ser chamada.

Teoria das ideias: conhecimento e metafísica

Como primeiro passo para sua metafísica, Platão julgou indispensável elaborar umateoria do conhecimento. O problema com o qual ele se defrontou foi o problema do ser. Uma vez que os sentidos nos revelam as coisas como múltiplas e mutáveis, ao passo que a inteligência nos revela sua unidade e permanência, procurou uma solução que conciliasse o testemunho dos sentidos e as exigências do conhecimento intelectual. Baseou-se nos conceitos matemáticos e nas noções éticas para demonstrar que aessência real e eterna das coisas existe. Usou como argumento a possibilidade depensar figuras geométricas puras, que não existem no mundo físico. Da mesma forma, todo homem tem as noções de bem e justiça, por exemplo, que não têm correspondente no mundo sensível. Concluiu pela existência de um mundo de essências imutáveis e perfeitas, as ideias arquetípicas (“modelos”, formas imutáveis). Estas constituiriam a realidade inteligível, objeto de conhecimento científico ou epistemológico, cujas leis o mundo sensível, objeto de opinião, reproduziria de forma imperfeita.

O homem, por ter corpo e alma, pertenceria simultaneamente a esses dois mundos. Na hierarquia das ideias, situa-se no topo a ideia do bem, da qual participam as demais. Logo abaixo estão as ideias de beleza, verdade e simetria e, em plano inferior, os valores éticos e os conceitos matemáticos. Além disso, cada classe de ser existente no mundo sensível possui sua forma ideal: homem, cachorro, casa etc. A relação entre os diferentes seres que constituem uma classe e seu arquétipo (“modelo”), por exemplo, entre um homem e a ideia de homem, se explica pelo fato de serem os objetos sensíveis cópias ou imitações da ideia perfeita, (que só existe no mundo das ideias).

A  Alma na visão de Platão

Segundo Platão, a alma é anterior ao corpo, e antes de aprisionar-se nele, pertenceu aomundo das ideias. Sua natureza é tripartida: no nível inferior, está a alma sensível, morada dos desejos e das paixões, à qual corresponde a virtude da moderação ou temperança; vem em seguida a alma irascível, que impele à ação e ao valor; sobre elas está a alma racional, que pertence à ordem inteligível e permite ao homem recordar sua existência anterior (teoria da reminiscência) e aceder ao mundo das ideias, mediante ocultivo da filosofia. A alma superior é imortal e retornará à esfera das ideias após a morte do corpo. Tais faculdades ou capacidades da alma se relacionam harmoniosamente por meio da virtude mais importante, o sentimento de justiça, e constituem aspectos de uma única e mesma realidade.

Ética e política

A morte de Sócrates e as experiências políticas na Sicília levaram Platão a verificar que não é possível ser justo na cidade injusta e que a realização da filosofia implica não só a educação do homem, mas a reforma da sociedade e do estado. O sentido da filosofia, oamor da sabedoria, é o de conduzir o homem do mundo das aparências ao mundo da realidade, ou da contemplação das sombras à visão das ideias imutáveis e eternas, iluminadas pela ideia suprema do bem. As concepções éticas e políticas de Platão são um prolongamento natural de sua teoria da alma. Uma vez que o homem acede às ideias por meio da razão e que as ideias são presididas pelo bem, o homem sábio será também necessariamente bom. Para isso, contudo, é preciso que a sociedade reproduza a ordem da alma.

A justiça consiste na relação harmônica entre as partes, sob o cuidado da razão. Por isso, Platão sugeriu em A república, obra em que expõe suas idéias políticas, filosóficas, estéticas e jurídicas, um estado composto por três estamentos: (1) os regentes filósofos, sob o predomínio da alma racional; (2) os guerreiros guardiãs, defensores do estado e cujos valores residem na alma irascível; (3) e a classe inferior dos produtores, regidos pela alma sensível, controlados mediante a temperança.

Platão foi um dos filósofos mais influentes de todos os tempos. Seu pensamento domina a filosofia cristã antiga e medieval. Os ideais estéticos e humanistas do Renascimento constituíram também uma recuperação do platonismo. Há elementos platônicos também em pensadores modernos, como Leibniz e Hegel. Platão morreu em Atenas, em 348 ou 347 a.C., mas continua tão vivo como antes com sua doutrina e ensinamento talvez nunca antes vistos de maneira tão imensa e clara.


Platão é um dos filósofos mais conhecidos e mais amplamente lido e estudado do mundo. Ele foi o aluno de Sócrates e mestre de Aristóteles, e ele escreveu em meados do século IV aC na Grécia antiga. Embora influenciada principalmente por Sócrates, na medida em que Sócrates é geralmente o personagem principal em muitos dos escritos de Platão, ele também foi influenciado por HeráclitoParmênides, e ospitagóricos.

Existem vários graus de controvérsia sobre qual das obras de Platão são autênticos, e em que ordem elas foram escritas, devido à sua antiguidade e à maneira de sua preservação através do tempo. No entanto, seus primeiros trabalhos são geralmente considerados como a mais confiável das fontes antigas em Sócrates, Sócrates eo caráter que sabemos através destes escritos é considerado um dos maiores dos filósofos antigos.

Meio de Platão para trabalhos posteriores, incluindo a sua obra mais famosa, a República, são geralmente considerados como fornecendo própria filosofia de Platão, onde o personagem principal na verdade fala para o próprio Platão. Estas obras mistura éticafilosofia política, a psicologia moral, epistemologia e metafísica em uma filosofia interligados e sistemática. É acima de tudo, de Platão, que ficamos com a teoria das Formas, segundo a qual o mundo que conhecemos através dos sentidos é apenas uma imitação do puro, eterno e imutável mundo das Formas. Obras de Platão também contêm as origens da queixa familiar que a obra de arte por inflamar as paixões, e são meras ilusões. Nós também somos introduzidos ao ideal de "amor platônico:" Platão via o amor como motivado por um anseio pela mais alta forma de beleza em si Beautiful, e o amor como o poder motivacional através do qual o mais elevado de realizações são possíveis. Porque eles tendem a distrair-nos a aceitar menos do que o nosso maior potencial, no entanto, Platão desconfiava e geralmente desaconselhadas expressões físicas do amor.

Que Platão tenha conseguido escrever diálogos filosóficos que, em termos de espírito, charme e profundidade estejam entre os melhores livros jamais produzidos por qualquer pessoa, é algo que dá a medida de sua grandeza.

Você sabia? República. É o livro mais importante do filósofo Platão e, sem dúvida, um dos principais clássicos da filosofia de todos os tempos. Certamente, a obra de maior importância da filosofia antiga. Nela, Platão casou seus dois principais objetivos, o de mostrar que a direção da investigação de Sócrates estava correta, isto é, que poderíamos tentar chegar ao conhecimento do real, e o de mostrar que poderíamos viver sob regras justas (e sermos felizes). O casamento desses dois objetivos se fez de um modo extremamente inteligente: a cidade justa seria aquela que não poderia condenar o filósofo, mas, ao contrário, seria naturalmente governada por ele. Esta é a proposta de A República. Na montagem dos argumentos que compõem a obra. Platão, escreveu sobre metafísica, epistemologia, psicologia, ética, estética, política, teoria social e pedagogia.

A narrativa de A República tem como fio condutor a investigação da justiça. O alvo é a construção do Estado perfeito ou da cidade justa. Essa cidade é dividida em três classes - artesãos, soldados e governantes - que correspondem às divisões da alma. A alma humana teria três partes, cada uma propícia a um desenvolvimento maior de uma das virtudes entre três das virtudes clássicas do mundo grego: sabedoria, coragem e temperanças.

Por definição, o filósofo é o "amante do saber".

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